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08 de August de 2017

08 DE AGOSTO: DIA NACIONAL DE COMBATE AO COLESTEROL

Nível elevado de colesterol bom não elimina necessidade de tratamento do colesterol ruim

 

Manter o bom colesterol (HDL) em níveis elevados não protege o indivíduo contra os efeitos negativos de taxas alteradas de colesterol ruim (LDL). Por isso, controlar os índices dos dois no organismo é fundamental para uma vida saudável.

 

Segundo o cardiologista do Hospital Santa Lúcia, Lázaro Miranda, o bom colesterol auxilia a proteger contra a aterosclerose — acúmulo de placas de gordura e outras substâncias nas paredes das artérias e dentro delas. Todavia, esta proteção não é suficiente se o colesterol ruim estiver alterado, já que seu efeito é exatamente o contrário: provocar o acúmulo indesejado dessas placas de gordura.

 

“O LDL permanentemente elevado é o segundo fator de risco mais importante para doenças cardiovasculares, atrás apenas da hipertensão arterial. Suas partículas penetram na camada interna das artérias, constituindo placas que obstruem esses vasos até provocarem a hemorragia da placa, formação de trombo e obstrução total da passagem do sangue oxigenado que nutre os tecidos”, explica o médico.

 

COMO FUNCIONA – O papel do HDL é transportar o colesterol até o fígado e remover o LDL oxidado das paredes das artérias. Essa proteção é mais evidente nas HDL ativadas, especialmente naquelas estimuladas pela atividade física regular. Por isso, fazer exercícios é fundamental.

 

Para a prevenção primária, em crianças e jovens dos dois 2 aos 19 anos de idade o ideal é manter os níveis de HDL maiores que 45 mg/dl e os de LDL menores que 100 mg/dl. A partir dos 20 anos, homens devem manter seu HDL acima de 40 mg/dl e mulheres acima de 50 mg/dl, enquanto o LDL para ambos os sexos deve ser inferior a 130 mg/dl. Esses mesmos índices valem para idosos a partir de 60 anos. Caso o indivíduo já esteja acometido pela doença aterosclerótica (prevenção secundária), estas metas são exigidas em valores significativamente menores.

 

RECOMENDAÇÕES – Para isso, as recomendações são realizar atividade física regular por toda a vida, ingerir alimentação saudável, o mais natural possível e evitar frituras, embutidos e gorduras visíveis (como aquela da picanha, por exemplo), preferindo cereais, verduras, legumes e carnes magras (sem a pele).

 

“Também é recomendável evitar atividades e ambientes estressantes, diminuir a ingestão de bebida alcoólica ao mínimo possível ou não consumi-la e manter sob controle patologias que elevam o colesterol, como o hipotireoidismo, obesidade e doenças renais e do fígado, além de fatores como o alcoolismo. Tratamentos com o uso de corticoides e diuréticos também podem influenciar o aumento do colesterol”, revela Lázaro Miranda.