Voltar
Compartilhe:
06 de July de 2012

Alta complexidade: Cirurgia vídeoassistida realizada em Sala Inteligente

A sala inteligente é um espaço que alia tecnologia a técnicas minimamente invasivas, inserido no Centro Cirúrgico. Na sala, o profissional possui total controle da atividade cirúrgica, desde controles da intensidade da luz, documentação fotográfica do procedimento, até possibilidade de realização de vídeo conferencias durante a cirurgia. No ambiente, podem ser realizados todos os tipos de procedimentos que se enquadrem nas indicações cirúrgicas minimamente invasivas.

 

A principal diferença entre as salas cirúrgicas comuns e inteligentes, além da ergonomia, é a disposição de equipamentos de captação de áudio e vídeo, que permitem cirurgias videoassistidas e vídeo conferencias. Este tipo de sala possui integração de imagem e som que permite a realização de procedimentos com enfoque de uma vídeo conferencia, que pode subsidiar apresentações em eventos científicos (congressos), e até a participação de equipes cirúrgicas ou médicas para uma segunda opinião sobre o paciente assistido. 

 

Manoel Ximenes Netto, cirurgião torácico do Hospital,  já realizou cirurgias delicadas no espaço. O médico relatou que um dos procedimentos tratava-se de retirada de um raro tumor fibroso de pulmão. O diagnóstico final somente foi possível através da cirurgia, realizada com método de videotoracoscopia. O método é minimamente invasivo, ou seja, necessário apenas duas incisões no paciente, nas medidas de 01 e 03 cm de diâmetro. “Em torno de 30% das operações torácicas podem ser realizadas por videotoracoscopia”, relata o médico. O pós-operatório é favorável ao paciente. Devido ao corte mínimo para a cirurgia, a cicatrização se torna mais eficaz, reduzindo as dores. Em média o paciente recebe alta entre 24 a 48 horas após a cirurgia.  

 

As principais facilidades deste tipo de equipamento em sala cirúrgica são permitir que o cirurgião detenha um controle de toda a tecnologia. O ambiente é digital, e o médico pode editar as imagens e ter total dimensão da cavidade do paciente, sem a necessidade de uma abertura do tórax, procedimento extremamente invasivo. “Em um futuro próximo, toda a sala cirúrgica deve ser inteligente, proporcionando melhor atividade e visão do cirurgião e da equipe”, projeta Ximenes.