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15 de April de 2013

Comissão criada no Santa Lúcia estimula doação interna de órgãos

Hospital realiza transplantes de medula óssea, válvulas cardíacas, rim entre pessoas vivas, musculoesquelético e faz captação de coração e fígado

 

 

A campanha nacional promovida pelo Ministério da Saúde, “Seja um doador de órgãos, seja um doador de vidas”, foi lançada em 2012 para conscientizar os brasileiros sobre a importância da doação para transplantes. A iniciativa levou a uma descentralização da política para os estados do Norte e Nordeste e impulsionou o volume de transplantes fora do eixo Sul e Sudeste. A quantidade de doadores de órgãos passou de 2.207 (2011) para 2.434 (2012), registrando 12,7 doadores por milhão de população.

 

O Santa Lúcia está credenciado, junto ao Ministério da Saúde, para realizar transplantes de medula óssea, válvulas cardíacas, rim entre pessoas vivas e captação de coração e fígado. No final de 2012, o Hospital foi autorizado a fazer, também, transplante musculoesquelético (de ossos), sendo o único da Capital com aval para esse tipo de procedimento. Após o credenciamento, o Hospital compôs a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Transplante de Tecidos (CIHDOTT), responsável pelo rastreamento de potenciais doadores de órgãos.

 

 

Dentre as atividades da CIHDOTT existe a captação interna, analisada através de visitas nas Unidades Assistenciais. Esta abordagem é realizada junto à equipe médica e intermediada pelo Coordenador da comissão, Dr. Álvaro Achar.

 

O Diretor-Técnico do Santa Lúcia, Dr. Cícero Dantas, destaca que iniciativas como essa estimulam a discussão clínica, caso a caso, e sugerem possibilidades a outros pacientes que aguardam por um doador compatível.

 

 

Doação

Em casos de potenciais doadores, a Central de Transplantes da Secretaria de Saúde do Distrito Federal é notificada e valida o início do protocolo na Instituição.

 

Para que o indivíduo seja um doador, são realizados exames específicos, clínicos, laboratoriais e de imagem, que confirmam sua elegibilidade ao protocolo e, após essa fase, é realizada entrevista estruturada com a família quanto ao caso. Cabe a eles a decisão final pelo transplante.

 

O passo principal para se tornar um doador é conversar com a família e deixar bem claro o seu desejo. Não é necessário deixar nada por escrito. A doação de órgãos pode ocorrer a partir do momento da constatação da morte encefálica. Em alguns casos, a doação em vida também pode ser realizada, em caso de parentesco até 4º grau ou com autorização judicial (não parentes).