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18 de August de 2013

Dor no peito pode ser alarme de infarto

O sintoma deve ser investigado com atenção por profissionais de saúde especializados

 

 

Cerca de 52% das mortes por infarto agudo do miocárdio acontece antes que a vítima chegue a um hospital, na maioria das vezes por não ter valorizado adequadamente a mensagem de alarme de uma dor torácica, interpretada erroneamente como não cardíaca. Por outro lado, não menos frequente é o número de pessoas levadas às emergências para o tratamento de dores claramente identificadas como não cardiológicas.

 

 

Independente da situação, ao receber um paciente com um mínimo de suspeita de infarto, profissionais de saúde devem assistir a vítima, encaminhando-a sem demora a um atendimento especializado para esclarecer o diagnóstico com a agilidade e a precisão necessárias. De acordo com o médico coordenador do serviço de Cardiologia no Santa Lúcia, Dr. Lázaro Miranda, estudos demonstram que esta atitude positiva reduz a ocorrência de morte súbita de origem cardíaca. “A assistência hábil e adequada amplia as chances de sobrevivência da vítima de infarto e pode ser decisiva para impedir sequelas neurológicas ocasionadas pelo problema”, afirma.

 

 

Outra recomendação do médico é de que as pessoas em geral também saibam identificar as principais características das dores torácicas que as aproximam ou as afastam de um problema cardíaco. No quadro abaixo, ele relaciona os principais sintomas e diz: “Com a experiência acumulada pelas mais de duas mil unidades de dor torácica disseminadas por todo o mundo, notadamente nos EUA, podemos estratificar, clinicamente, e orientar os pacientes e as pessoas em geral a reconhecer o risco inerente a determinados tipos de dor torácica, onde quer que ela ocorra, seja no trabalho, em casa ou durante exercícios físicos. Alertamos ainda para a possibilidade, embora rara, de coexistirem dois tipos de dores torácicas, uma cardíaca, outra não”, finaliza. 

 

Dor Provavelmente Cardíaca

  • Desconforto ou dor retroesternal em aperto, peso, constrição ou queimação;
  • Precipitada por esforço ou estresse emocional;
  • Aliviada por repouso ou nitratos sublinguais;
  • Duração de cinco ou mais minutos;
  • Irradiação para o ombro e braço esquerdo, para o pescoço, mandíbula ou epigástrio;
  • Associada à sudorese fria, palidez, náuseas, vômitos, falta de ar, desmaios;
  • Em pessoa sabidamente com doença arterial (coronariana, carotídea, aórtica ou periférica) ou portadora de fatores de risco (hipertensão, dislipidemia, diabetes, tabagismo etc).

 

 

Dor Provavelmente não Cardíaca

  • Pontada em facada, em agulhada;
  • Precipitada com a respiração ou tosse, com a palpação local ou movimentos dos braços;
  • Localizada primária ou unicamente na porção média ou inferior do abdômen;
  • Irradiação para as extremidades inferiores;
  • Duração muito curta (segundos) ou muito longa (mais de 24 horas);
  • Melhora com a alimentação, antiácidos, antiespasmódicos, antifiséticos etc.;
  • Em jovem não cardiopata e sem fatores de risco para doença arterial coronariana.

 

 

Assistência imediata e segura

Na Emergência do Santa Lúcia, o paciente com dor torácica é imediatamente assistido por um time de resposta rápida, composto por médicos e enfermeiros plantonistas. Todo este pronto atendimento é baseado em Protocolo de Dor Torácica pautado em experiências pioneiras realizadas em hospitais de Chicago, nos Estados Unidos e, hoje, difundido pelas boas emergências do mundo. “Dispomos de condutas bem definidas para cada caso relacionado às doenças cardiológicas. O fundamental é adotá-las rapidamente, contando com toda a estrutura hospitalar, garantia de uma assistência integral e de melhores resultados para os pacientes”, afirma o médico.

 

 

O serviço mantém cardiologistas experientes de plantão, equipe de enfermagem capacitada e Unidade de Dor Torácica, que permitem, de forma integrada e num curto período, que se tenha uma avaliação criteriosa e um diagnóstico seguro. Possui ainda como retaguarda o apoio da Hemodinâmica 24 horas e UTI Cardiológica. Desde 2005, o Protocolo é aplicado com sucesso no Santa Lúcia, o primeiro hospital do Centro-Oeste a instalar uma Unidade de Dor Torácica.