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19 de January de 2014

Farmacêuticos têm papel importante na promoção da segurança do paciente em ambiente hospitalar

Débora Ferreira, gerente da Farmácia do Hospital Santa Lúcia, explica como é a atuação deste profissional.

 

 

Na estrutura hospitalar, o farmacêutico tem papel fundamental para a recuperação e segurança do paciente. Ele integra a equipe multidisciplinar, composta também por médicos e enfermeiros, na definição da melhor conduta assistencial. No dia-a-dia, uma de suas áreas de atuação é no apoio para escolha e utilização de fármacos, monitoramento das reações adversas e interações medicamentosas que podem ocorrer no organismo do paciente durante seu tempo de permanência na instituição. “O farmacêutico deve auxiliar a equipe multiprofissional do hospital, sempre orientando com relação ao uso do medicamento, analisando protocolos, avaliando exames e, quando necessário, propondo alterações, sendo no horário, posologia, via de administração, dosagem e terapia medicamentosa”, diz a gerente da Farmácia Santa Lúcia.

 

 

Em cada uma das unidades de internação do Hospital, a atuação farmacêutica vai além da gestão dos medicamentos. Os especialistas também auxiliam na tomada de decisão clínica da equipe multidisciplinar. Nas unidades de terapia intensiva (UTIs), o serviço de farmácia clínica, por exemplo, avalia os pacientes, propondo alterações de horário para otimizar a terapia medicamentosa ou minimizar e evitar interações.

 

 

Já na oncologia, a atuação está voltada para o preparo dos quimioterápicos antineoplásicos utilizados nos pacientes, após criteriosa análise da prescrição médica. “O farmacêutico é responsável pelo preparo do que o médico prescreveu, refazendo os cálculos das medicações utilizadas de acordo com a superfície corpórea, analisando interações e incompatibilidades entre eles e a solução diluente, e ainda proporciona orientações aos pacientes com relação às reações adversas durante o seu tratamento, incluindo as medicações de sua rotina”, explica.

 

 

Complementando suas funções, no Santa Lúcia o farmacêutico responde como responsável técnico pela gestão de materiais médico-hospitalares. “Além dos medicamentos que fazem parte do arsenal terapêutico do hospital, somos responsáveis pelos correlatos, ou seja, materiais médico-hospitalares utilizados em nossos pacientes, como sondas, seringas, órteses, próteses e materiais especiais”, relata Débora.

 

 

 

Informação ao Paciente e Segurança na Assistência

Na linguagem técnica, as reações adversas são aquelas observadas e esperadas dentro da rotina de medicações do paciente durante sua internação hospitalar, com o uso de medicamentos em doses terapêuticas. No cotidiano institucional, diversas dúvidas são suscitadas pelos demais profissionais da saúde, relacionadas à conduta para o paciente, envolvendo sua medicação (por exemplo, como diluir o medicamento, quais suas compatibilidades, se estes sofrem interação com alimentação etc).

 

 

Para minimizar erros e proporcionar uma cultura de informação, a Farmácia criou o SIM – Serviço de Informação sobre Medicamentos, com a função de promover o uso racional de medicamentos dentro da instituição, orientando toda a equipe multiprofissional, pacientes internados e ambulatoriais.

 

 

A rotina do SIM inclui o serviço de farmacovigilância, que é o estudo contínuo dos efeitos dos medicamentos, ou seja: qualquer reação da medicação no organismo do paciente, mesmo que esperada, é identificada e, dependendo de seu grau, enviada ao órgão de vigilância sanitária por meio de notificação que pode, inclusive, retirar o medicamento do mercado.

 

 

A disseminação de informação e a cultura do conhecimento garantem uma melhor segurança na assistência ao paciente. “Uma equipe bem orientada tem impacto direto na recuperação do paciente. No Hospital, todos podem contam com o trabalho do farmacêutico: quem administra o medicamento (equipe de enfermagem), quem prescreve (o médico) e quem o recebe (o paciente)”, encerra Débora.