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27 de November de 2017

Fisioterapia oncológica minimiza transtornos provocados pelo tratamento do câncer

O tratamento de um câncer pode acarretar — além de náuseas, falta de apetite, problemas na pele e perda de cabelo — algumas complicações mais graves, como as respiratórias, motoras, circulatórias e linfáticas. Por isso, o atendimento integral aos pacientes em tratamento precisa contar com o trabalho de profissionais especializados em fisioterapia oncológica.

A especialidade tem como objetivo preservar, manter, desenvolver e restaurar a integridade cinético-funcional de órgãos e sistemas do paciente e prevenir os distúrbios causados pela radio, quimio ou hormonioterapia, ou ainda no pós-operatório. É o que explica o fisioterapeuta oncológico do Centro de Oncologia do Hospital Santa Lúcia, Marco Fernandes.

“O fisioterapeuta oncológico deve estar apto para desenvolver suas atividades com pacientes infantis, adolescentes, adultos jovens e idosos, inclusive em situações em que o câncer é irreversível. É fundamental saber lidar com as sequelas próprias do tratamento oncológico e atuar de forma preventiva para minimizá-las”, reforça.

De acordo com ele, essa assistência pode começar no pré-operatório, para preparar o paciente. Já durante o período de internação, o enfoque nas complicações respiratórias, motoras, circulatórias e linfáticas é global. “A dor é uma das principais e mais frequentes queixas do paciente oncológico. Por isso, deve ser valorizada, controlada e tratada em todas as etapas da doença”, explica.

“Tratamos a dor com recursos físicos com a eletroterapia e também atuamos no tratamento de disfunções sexuais causadas pelo tratamento oncológico, linfedema (edema crônico) dos membros superiores e inferiores, alterações de movimento e lesões da pele e mucosa”, acrescenta o especialista. “Além de reabilitar o paciente funcionalmente, esse cuidado promove uma melhor qualidade de vida durante e após o tratamento”.

INTEGRAÇÃO – A fisioterapia oncológica precisa fazer parte de um contexto integral de atenção ao paciente. “Não acredito que um centro de referência em oncologia possa abrir mão da fisioterapia em oncologia, inclusive porque há complicações que podem até interromper o tratamento, como a radiodermite (inflamação da pele durante a radioterapia), que pode ser facilmente controlada com recursos da fisioterapia”, explica Marco Fernandes.

Assim, o Centro de Oncologia do Hospital Santa Lúcia dispõe dos melhores e mais modernos equipamentos (laserterapia, pressoterapia, eletroterapia) e uma equipe de quatro fisioterapeutas especialistas em oncologia e com formação complementar em outras terapias para promover ao paciente oncológico a melhor reabilitação. “Somos o único serviço particular de Brasília a oferecer reabilitação oncológica dentro das unidades de quimio e radioterapia”, finaliza o médico.