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04 de March de 2013

Hospital Santa Lúcia adota normas internacionais de combate à sepse

Doença é a principal causa de mortes em UTIs no Brasil; taxa de mortalidade chega a alcançar 55%

 

 

A cada ano, surgem cerca de 30 milhões de novos casos de sepse no mundo, segundo dados levantados pela GSA (Global Sepsis Alliance). A doença, antes conhecida como infecção generalizada, é a principal causa de mortes em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) no Brasil, matando mais do que o infarto do coração e do que alguns tipos de câncer.

 

Com foco no aprimoramento contínuo do atendimento aos pacientes com sepse grave, o Hospital Santa Lúcia, em Brasília (DF), associou-se ao Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS) e adotou normas internacionais de controle e combate à enfermidade. Dados de estudos epidemiológicos brasileiros, coordenados pela entidade, apontam que cerca de 17% dos leitos de UTIs brasileiras são ocupados por pacientes com sepse grave; e a taxa de mortalidade chega a alcançar 55%.

 

Coordenador do protocolo de sepse do Hospital Santa Lúcia, o médico intensivista Elber Rocha explica que o quadro de sepse é uma resposta desordenada e desproporcional do organismo contra algum processo infeccioso, cuja condição clínica é ainda sub-diagnosticada ou diagnosticada tardiamente, dada a falta de padronização de procedimentos para identificação do quadro. “A implantação e o correto seguimento do protocolo visa justamente aumentar a identificação precoce, o que torna o tratamento mais eficaz e aumenta a sobrevida do paciente”, destaca. Segundo o especialista, o tempo é um fator preponderante: “Nos casos de choque séptico, cada hora de atraso na administração do antibiótico aumenta de seis a sete porcento o risco de mortalidade”, revela.

 

A meta do ILAS é reduzir, no prazo de cinco anos, 25% das mortes decorrentes de septicemia. A chave para o tratamento correto é a integração entre médicos e enfermeiros desde a entrada no pronto-socorro até a UTI, com suporte dos serviços de apoio de exames laboratoriais e de imagem. A adoção do protocolo envolvendo toda a equipe assistencial ajuda a reconhecer se determinada infecção pode evoluir para sepse grave. Se um paciente dá entrada na emergência com algum processo infeccioso associado a taquicardia e aumento da respiração, o quadro já pode ser crítico, devendo ser iniciada uma série de intervenções, como hidratação com soro, controle da pressão arterial e uso de antibióticos.

 

De acordo com Dr. Elber, muitas vezes o paciente desenvolve sepse fora do ambiente hospitalar, a partir de uma infecção urinária ou respiratória, por exemplo. “Por isso, a importância de procurar atendimento médico adequado logo nos primeiros sintomas”, finaliza.

 

Gestão da qualidade – A adoção do protocolo de sepse por meio da parceria com o Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS) reflete o investimento contínuo do Hospital Santa Lúcia em qualidade e segurança na assistência a seus pacientes. No ano passado, o hospital foi selecionado para participar do Programa Brasileiro de Segurança do Paciente, que obedece a rigorosa análise retrospectiva dos resultados e da performance clínica dos hospitais membros. Além disso, a unidade recebeu certificado de Acreditação Hospitalar, concedido pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) e chancela do Ministério da Saúde. Outro selo importante, concedido pela multinacional 3M no primeiro semestre de 2012, é a Certificação Diamante em Prevenção de Lesões Cutâneas. O Santa Lúcia é o único hospital no Centro-Oeste com o nível mais alto dessa categoria.