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28 de December de 2014

Medicina Nuclear: Cintilografia Óssea Ajuda a Detectar Lesões Ocultas

O aumento do número de idosos — reflexo da maior expectativa de vida da população — tem feito crescer o número de cirurgias de recuperação de fraturas. Segundo a Organização Mundial de Saúde, os casos mais graves envolvem fêmur e quadril e têm como causa a osteoporose.

 

Entretanto, nem sempre a cirurgia tem o resultado esperado, como confirma o Coordenador de Medicina Nuclear do Hospital Santa Lúcia, Marcelo Gomes: “Dores no pós-operatório podem indicar que a fratura não foi consolidada”. Nestes casos, exames de raios X e ressonância magnética que indicam a condição anatômica do osso devem ser complementados com a cintilografia óssea. A técnica, que utiliza pequena quantidade de radiação, revela o ponto em que há problemas: onde a atividade celular é mais intensa.  “A grande diferença é que a cintilografia mostra não apenas a forma do osso, mas sua condição fisiológica. Com isso, é possível determinar o melhor tratamento”, completa o Dr. Marcelo.

 

A partir do diagnóstico do problema, a equipe médica pode determinar a colocação de uma prótese, por exemplo. Em geral, as alterações funcionais — dores — precedem as alterações anatômicas — desvios ósseos. Sem o exame adequado, apenas a dor é o sinal. Ou seja: um osso aparentemente saudável pode estar em perigo.

 

A cintilografia também é eficaz na detecção de infecções nos ossos e na chamada fratura de estresse. “Comumente detectadas em atletas, são lesões causadas por esforço repetitivo que não alteram a anatomia do osso por serem muito pequenas e não aparecem no raio X”, esclarece o especialista.

 

Atualmente, a cintilografia tem sido usada também na avaliação de tumores ósseos. Com as imagens do corpo inteiro, é possível verificar se um tumor maligno disseminou-se para outros ossos. Para o Dr. Marcelo, o exame é fundamental na definição correta do tratamento. “Esta avaliação dá a possiblidade de verificar se há metástase e qual o grau de comprometimento do osso como um todo. A partir disso, pode se optar por um tratamento mais abrangente, ao invés de submeter o paciente a uma cirurgia, por exemplo”.