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14 de September de 2014

Médicos intensivistas titulados contribuem para UTIs com mais qualidade

De acordo com a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), mais da metade das UTIs no país não possuem médico intensivista titulado. Vários estudos demonstram, no entanto, a influência positiva que o profissional especializado exerce nos cuidados de pacientes críticos, impactando diretamente no menor tempo de internação, utilização de menos recursos, redução de complicações e mortalidade. A UTI do Hospital Santa Lúcia integra em seu corpo clínico 85% da equipe médica titulada pela AMIB, agregando ainda várias outras subespecialidades. O número é expressivo no cenário nacional e único no âmbito regional, repercutindo na qualidade da assistência e em resultados. “Para o desempenho da atividade, o médico é submetido a treinamento e prova específicos de conhecimentos teóricos e habilidades práticas, indubitavelmente complexas e que envolvem capacidade de liderança da equipe multidisciplinar”, destaca o coordenador do Serviço de Terapia Intensiva do Hospital, Sidney Sotero.

 

A fim de melhorar este cenário, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária  (Anvisa) colocou em vigor desde 2013 a RDC7. A regulamentação tem por objetivo estabelecer padrões para o funcionamento das UTIs, inclusive sobre a presença de médicos especialistas nas unidades. Segundo Dr. Sidney Sotero, a obtenção do título concedido pela AMIB requer um alto nível de capacitação. “A formação destes raros profissionais, demanda no mínimo uma década e a combinação de qualidades técnicas e pessoais para a assistência correta e humanizada de pacientes críticos”, comenta.

 

O médico intensivista é um profissional capacitado e habilitado para o atendimento de pacientes com alto índice de gravidade, que necessitam de vigilância intensiva e monitoração contínua durante 24 horas. Dispõe de amplo conhecimento clínico e cirúrgico e é responsável por auxiliar o médico assistente na investigação diagnóstica, controlar as alterações agudas de estado clínico (principalmente em casos de intercorrências ameaçadoras à vida) e pela realização de procedimentos emergenciais.