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10 de April de 2017

Qualificação constante de equipes médicas assegura melhor assistência a pacientes críticos na UTI

Uma vítima de um grave acidente de carro acaba de chegar à emergência hospitalar após perder grande quantidade de sangue. Ela deve ser submetida imediatamente à chamada ressuscitação volêmica — tratamento necessário quando o volume do sangue circulante não é suficiente para manter as funções vitais —, a acesso de via aérea e a outros procedimentos de alta complexidade, como transfusão de hemocomponentes, monitorização hemodinâmica invasiva, controle do sangramento, drenagem torácica e manejo neurointensivo de lesão cerebral.

 

Ao chegar à unidade, um time de médicos intensivistas extremamente qualificados recebe esse paciente e adota todas as medidas necessárias para sua estabilização, utilizando equipamentos da mais alta tecnologia num ambiente completamente preparado para o atendimento integral às suas necessidades.

 

É dessa forma que as equipes da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Santa Lúcia estão organizadas para atender a pacientes como esse e a tantos outros que, diariamente, chegam à Unidade em busca de atendimento de excelência em alta complexidade. Inaugurada em 1985, a UTI pioneira na região Centro-Oeste possui hoje 100 leitos e é conduzida por uma equipe de mais 30 especialistas em Medicina Intensiva, que se dividem entre rotineiros e plantonistas.

 

“Nossa UTI possui um dos maiores números absolutos de especialistas da região, com elevadíssima proporção de plantonistas titulados. Nas unidades específicas, o cuidado é feito por médicos altamente especializados. Por exemplo: na Unidade Cardiointensiva, os rotineiros são titulados em terapia intensiva e cardiologia; na Unidade de Pós-Operatório, são cirurgiões titulados em terapia intensiva e na neurointensiva, especialistas em neurointensivismo”, conta o coordenador da UTI do Hospital Santa Lúcia, Alberto Mendonça.

 

Também faz parte da equipe um coordenador médico titulado, conforme exigência da Anvisa. Diversos profissionais possuem certificações que asseguram suas habilidades para conduzir situações comuns no atendimento emergencial de alta complexidade, como as outorgadas pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) e validadas pela Associação Médica Brasileira (AMB).

 

“A outorga de título pela AMB e por sociedades de especialidades, como a AMIB, segue uma série de exigências que garantem que o médico titulado tenha condição de atender o paciente crítico de forma integral”, explica Alberto Mendonça. “Há evidências em literatura médica, hoje, avaliando o impacto do cuidado feito a esse perfil de paciente por equipes especializadas e lideradas por médicos intensivistas. A redução da mortalidade, por exemplo, é significativa”, acrescenta.

 

ATUALIZAÇÃO CIENTÍFICA – A chamada Medicina Baseada em Evidência, especialmente no campo da Medicina Intensiva, evolui de maneira muito rápida, com mudança de paradigmas em métodos diagnósticos ou tratamento que necessitam de grande esforço para serem acompanhadas.

 

Por isso, a criação do Programa de Atualização Científica, instituído no segundo semestre de 2016 para discutir temas relacionados ao atendimento emergencial, avaliar protocolos e melhorá-los, contribui de forma decisiva para manter a equipe informada sobre as últimas novidades.

 

“Nossas condutas estão alinhadas com o que há de mais atual no mundo. O Programa de Atualização Científica ajuda na divulgação de conhecimento entre os médicos e os integrantes das nossas equipes multiprofissionais. Isso é fundamental para ofertarmos o melhor atendimento possível”, avalia o coordenador.

 

PROGRAMA DE ESPECIALIZAÇÃO – Em fevereiro deste ano, começou a funcionar no HSL o Programa de Especialização em Medicina Intensiva. Com três vagas, o programa treina e forma médicos especializados no cuidado intensivo a pacientes.

 

A seleção é realizada nos meses de novembro e dezembro para médicos formados, com ou sem especialização prévia, que podem optar entre dois modelos de programa: com duração de 2 ou 3 anos.

 

A UTI DO SANTA LÚCIA – As Unidades de Terapia Intensiva do Hospital Santa Lúcia aliam tecnologia de ponta a um atendimento multidisciplinar e humanizado, e contam com a atuação conjunta e integrada de médicos intensivistas, equipe de Enfermagem, nutricionistas, farmacêuticos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e psicólogos.

 

Bem equipadas, as UTI possuem os mais avançados aparelhos de ventilação mecânica e de monitoramento de funções vitais, acesso à imagem radiológica digital, exames laboratoriais com resultados on-line, farmácia satélite e uma completa infraestrutura hospitalar que proporciona todo o suporte necessário ao tratamento seguro e eficaz dos pacientes.

 

Elas estão divididas por especialidade da seguinte maneira: Unidade Cardiointensiva; Unidade Neurointensiva; Unidade de Pós-Operatório e Transplantes; Unidade de Pacientes Clínicos Agudos e Sepse; Unidade de Pacientes Clínicos Crônicos e Cuidados Paliativos; e Unidade Semi-Intensiva.