É o tipo mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do câncer de pele não melanoma, respondendo por cerca de 28% dos casos novos a cada ano. Mais raramente, também acomete homens, representando apenas 1% do total de casos da doença.

Relativamente raro antes dos 35 anos de idade, acima desta idade sua incidência cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos. Estatísticas indicam aumento da ocorrência de câncer de mama tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento e a estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) para o ano de 2018 é de 59.700 casos novos da doença.

Quais são os subtipos deste câncer?

Existem vários subtipos de câncer de mama. Alguns evoluem de forma rápida; outros, não. Quanto mais precoce o diagnóstico, melhor o prognóstico.

As principais causas são o hormônio feminino — estrogênio —, sobrepeso e obesidade, radiação ionizante, álcool e predisposição hereditária. O tabagismo é um possível fator de risco para câncer de mama, mas os dados são contraditórios na literatura.

Os tipos histológicos mais comuns deste câncer são o carcinoma ductal infiltrante, o mais comum, e o carcinoma lobular infiltrante. Esses tumores podem apresentar ou não expressão de receptores de estrogênio e progesterona e, além disso, podem hiperexpressar a proteína HER2. Essas características ajudam na classificação molecular do câncer de mama: luminal A, luminal B, HER2 positivo ou triplo negativo.

Como é feito o seu diagnóstico?

O diagnóstico é feito por biópsia. As duas formas mais comuns de biópsia do câncer de mama são a core-biopsy e a mamotomia. Os principais exames de rastreio e investigação do câncer de mama são a ecografia mamária e a mamografia. A ressonância mamária também está indicada em algumas situações pontuais.

Após a suspeição do câncer de mama pelos exames de imagem, parte-se para a biópsia. A escolha da melhor estratégia para tal depende do tamanho da lesão ou alteração suspeita e sua localização.

Quais são os principais tratamentos para a doença?

As principais estratégias de tratamento do câncer de mama são cirurgia, quimioterapia, hormonioterapia e radioterapia. A escolha das melhores estratégias depende do estadiamento — extensão da doença pelo corpo, isto é, se o câncer de mama está localizado, localmente avançado ou metastático — e do subtipo molecular, ou seja, se o tumor é luminal, triplo negativo ou outro.

Se a doença é localizada ou localmente avançada, a cirurgia ainda é o tratamento principal, embora em muitos casos seja necessária a realização de quimioterapia antes ou depois da cirurgia, radioterapia ou hormonioterapia como tratamentos complementares.

A terapêutica para câncer de mama é multidisciplinar. No caso da equipe médica, estão envolvidos mastologistas, oncologistas, radioterapeutas, geneticistas e radiologistas. Ter uma equipe de excelência é uma das estratégias para o sucesso no tratamento do paciente.

É importante que haja discussões entre os profissionais para a melhor tomada de decisão em relação ao tratamento do paciente. O Hospital Santa Lúcia tem um excelente time de profissionais que realiza reuniões multidisciplinares para debater os casos, a fim de alcançar as melhores estratégias para cada paciente, buscando sempre um tratamento humanizado e individualizado. A instituição conta ainda com uma excelente equipe de Enfermagem, Nutrição, Fisioterapia, Odontologia e Psicologia para melhor atender as pacientes com câncer de mama.