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26 de January de 2014

ANS amplia o uso do PET–CT de três para oito tipos de cânceres

Revolução no diagnóstico de doenças, a cobertura para o uso do PET–CT foi ampliada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para novas patologias oncológicas. Cinco tipos de tumores foram acrescentados à listagem obrigatória oferecida pelas operadoras de saúde, totalizando oito indicações para este procedimento diagnóstico. A medida possibilita que mais pacientes passem a ter acesso a essa tecnologia, importante para a descoberta precoce do câncer. Até o ano passado, somente pacientes com câncer colorretal, linfomas e alguns casos de tumores no pulmão tinham acesso ao exame. “Além de tumor pulmonar para células não pequenas, linfoma e câncer colorretal, o exame passa a ser indicado também para a detecção de nódulo pulmonar solitário, câncer de mama metastático, câncer de cabeça e pescoço, melanoma e câncer de esôfago”, explica Dr. Marcelo Gomes do Núcleos – Medicina Nuclear, que atua no Hospital Santa Lúcia. 

 

 

Ainda segundo a nova portaria, a cobertura passa a obedecer a diversos critérios, específicos para cada doença a ser investigada, dentre eles: características da lesão, avaliação prévia de outros exames — como ressonância magnética e tomografia computadorizada — e resposta ao tratamento conduzido pelo oncologista clínico.

 

 

O médico explica que, por ser um exame de alta complexidade — ou seja, capaz de identificar mínimas alterações no organismo —, ele é solicitado pelo oncologista clínico para o diagnóstico, prognóstico e avaliação da resposta ao tratamento do paciente. “Nesta especialidade, o PET–CT é essencial para o diagnóstico precoce, o estadiamento (estágios do câncer) ou para a avaliação da resposta terapêutica dos tumores”, observa Marcelo.

 

 

O PET (tomografia por emissão de pósitrons) é um equipamento que permite a detecção precoce de mínimas alterações metabólicas, enquanto a CT (tomografia computadorizada) é empregada para produzir imagens anatômicas detalhadas que permitem a localização precisa das alterações funcionais. Desta forma, o PET–CT pode ser entendido como uma técnica moderna de aquisição de imagens que une aspectos metabólicos (funcionais) e anatômicos.

 

 

Para realizar o procedimento, é necessária a aplicação intravenosa em pequena quantidade de um radiofármaco (glicose marcada pelo material radioativo Flúor–18 FDG) e, após uma hora, imagens do corpo inteiro do paciente são captadas pelo equipamento. A aquisição dessas imagens dura por volta de 15 a 20 minutos.