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13 de September de 2014

Desvio de septo afeta 30% da população e pode ser corrigido com cirurgia

O septo nasal é uma estrutura formada por ossos e cartilagem, que divide o nariz em duas narinas. Quando essa estrutura fica torta, afetando uma das narinas, tem-se o desvio de septo. “Esse problema atinge cerca de 30% da população e pode causar sintomas como dificuldade para respirar, baixa qualidade do sono, ronco, sinusites frequentes e dor de cabeça”, explica o otorrinolaringologista Jaime Siqueira, do Hospital Santa Lúcia, que também é membro titular da Academia Brasileira de Cirurgia Plástica da Face (ABCPF).

 

 

Segundo ele, esse distúrbio pode ser congênito ou ocorrer durante o desenvolvimento dos ossos da face. Pode ainda ser resultado de traumas no nariz – uma queda, um acidente de trânsito ou uma agressão, por exemplo. “Mas o desvio só representa um problema passível de correção cirúrgica quando interfere na respiração”, esclarece. Algumas vezes, o desvio de septo está associado a outras patologias que também prejudicam a função respiratória, como pólipos nasais ou hipertrofia das conchas nasais. O diagnóstico é feito durante o exame clínico, com a rinoscopia. Se necessário, o médico pode solicitar uma tomografia da face ou realizar uma videoendoscopia nasal.

 

 

A cirurgia corretiva pode ser apenas interna (septoplastia) ou associada à cirurgia plástica (rinosseptoplastia). “Em 50% dos casos, o desvio de septo compromete esteticamente o nariz, então podemos corrigir as duas coisas no mesmo procedimento”, afirma o Dr. Jaime Siqueira. O momento ideal para a realização da intervenção, nos casos de má-formação dos ossos da face, é a partir dos 14 anos. Quando o desvio ocorre por traumas no nariz, a cirurgia deve ser feita o mais rápido possível. “Cerca de duas semanas após a operação, o paciente já percebe melhora na respiração”, acrescenta.