Voltar
Compartilhe:
10 de October de 2016

Diagnóstico precoce aumenta chances de cura do câncer de mama

Outubro é o mês dedicado à conscientização das mulheres sobre o câncer de mama, tipo mais comum de tumor entre pessoas do sexo feminino no Brasil e no mundo, e que corresponde a 25% dos novos casos de câncer em mulheres a cada ano.

 

O tumor atinge com mais frequência mulheres a partir dos 50 anos de idade e tem como principais causas o histórico familiar, além de fatores externos como tabagismo, ingestão elevada de álcool, obesidade e sedentarismo.

 

Segundo a oncologista do Hospital Santa Lúcia, Patrícia Schorn, mulheres que não tiveram filhos ou que os tiveram após os 30 anos e aquelas que não amamentaram também possuem mais chances de desenvolver a doença. Por isso, fazer exames preventivos periódicos é fundamental para detectá-la em sua fase inicial e aumentar as chances de cura.

 

“Quando se faz o diagnóstico precoce, a probabilidade de a doença ter se disseminado é mínima e o tratamento é curativo. Geralmente, em casos iniciais a cirurgia pode bastar. Quanto mais cedo se descobre um tumor, menor é o volume de doença no organismo e menores são as necessidades terapêuticas para curar a paciente”, afirma a médica.

 

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO – Anualmente, mulheres a partir de 35 anos de idade que apresentem fatores de risco devem procurar um ginecologista ou um mastologista para realizar exames clínicos e mamografia. Para as que não apresentam estes fatores, o ideal é iniciar estes exames a partir dos 40 anos.
“Além da mamografia, o especialista também pode pedir uma ultrassonografia mamária e uma ressonância nuclear magnética das mamas, exames complementares que podem ser importantes em alguns casos”, ressalta Schorn.

 

A especialista ressalta que o Hospital Santa Lúcia é o primeiro do Distrito Federal a permitir o acompanhamento integral para a prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de mama. Com equipe multi e interdisciplinares, as pacientes têm à sua disposição na unidade toda a estrutura e equipamentos necessários.

 

“Num único lugar, a paciente consegue realizar exames preventivos, diagnósticos, cirurgias, quimioterapia e radioterapia. Além disso, temos um grupo de profissionais não médicos envolvidos diretamente no tratamento de pessoas com câncer para uma assistência integral. No nosso time há profissionais de fisioterapia, nutrição, odontologia, fonoaudiologia e psicologia”, acrescenta.

 

PREVENÇÃO E SINTOMAS – De acordo com o INCA, cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com uma alimentação saudável, prática de atividade física regular e manutenção do peso ideal. O autoexame é uma medida educativa para identificar alterações na mama, mas jamais substituirá a mamografia e o exame clínico realizado por um médico.

 

Nos casos iniciais da doença, a paciente não costuma identificar nenhum sinal ou sintoma porque tumores milimétricos não são palpáveis. Sintomas como coceira no mamilo, dor, inflamação e saída de secreção podem indicar a presença de tumores, mas também são facilmente confundidos com lesões benignas, a exemplo de infecções.

 

Por isso, caso perceba qualquer alteração nas suas glândulas mamárias, a paciente deve procurar auxílio médico para investigação e esclarecimento diagnóstico.

 

CASOS DA DOENÇA – Mesmo que relativamente raro em mulheres com menos de 35 anos, o câncer de mama tem atingido cada vez mais mulheres abaixo dos 40. Cerca de 1,67 milhões de casos novos desse tipo de câncer em todas as faixas etárias foram esperados para o ano de 2012, em todo o mundo, o que representa 5% de todos os tipos de câncer diagnosticados nas mulheres, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA).

 

Dados da instituição revelam que, este ano, o Brasil deverá ter 57.960 casos diagnosticados de câncer de mama, doença também acomete homens, mas em quantidade muito menor. Pacientes do sexo masculino representam apenas 1% do total de casos. Para 2016, a instituição prevê o falecimento de 14.206 mulheres e 181 homens por causa de tumores na mama.