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26 de September de 2016

Doenças cardiovasculares causam 350 mil mortes por ano no Brasil

O Dia Mundial do Coração, comemorado na próxima quinta-feira, 29 de setembro, traz um alerta: as doenças cardiovasculares — infarto, hipertensão, insuficiência cardíaca e derrame — são responsáveis por aproximadamente 350 mil mortes no Brasil a cada ano e representam a causa mais frequente de óbitos no país, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

 

Em todo o mundo, 17,5 milhões de pessoas morrem anualmente em decorrência de doenças cardíacas, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Uma pesquisa da mesma instituição estima que, em 2024, o Brasil deve subir para a primeira posição no ranking de mortes cardiovasculares.

 

Mas porque isso acontece? O principal motivo é a falta de controle dos fatores de risco — como o sedentarismo e o tabagismo — e doenças como a hipertensão arterial, obesidade, diabetes e dislipidemia (colesterol alto). E o que fazer? Não tem mistério. É preciso administrar todos esses aspectos, como explica o cardiologista do Hospital Santa Lúcia, Fausto Stauffer.

 

“Adotar um estilo de vida saudável, não fumar, controlar o peso, alimentar-se bem, consumindo cereais, frutas, verduras e legumes diariamente, evitar frituras, fast food e gorduras animais, praticar atividades físicas e controlar a hipertensão arterial, diabetes e a dislipidemia são atitudes que contribuem muito para evitar as doenças cardiovasculares”, destaca o especialista.

 

Se você faz tudo isso, o ideal é consultar o cardiologista anualmente a partir dos 40 anos de idade. Se não, deve receber acompanhamento já a partir dos 35 anos. A recomendação de antecipação das consultas também vale para quem possui casos de doenças cardiovasculares na família.

 

No consultório, o especialista conhece a história clínica do paciente e pode solicitar exames de sangue, eletrocardiograma e teste de esforço, por exemplo. “É essencial conhecer as taxas de colesterol, glicose, pressão arterial, gordura corporal e índice de massa corpórea (IMC). Assim, podemos fazer o acompanhamento correto do paciente e orientá-lo para uma vida mais saudável”, acrescenta Fausto Stauffer.

 

SINTOMAS – As doenças cardiovasculares podem se apresentar de diversas formas e causar sintomas que vão desde a fadiga e inchaço nas pernas até falta de ar, formigamento e dores no peito.

 

“Essas dores, por exemplo, podem levantar suspeita de infarto agudo do miocárdio, a doença cardiovascular que mais mata, principalmente se os fatores de risco estiverem presentes”, explica o médico.

 

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO – De acordo com ele, o diagnóstico precoce da aterosclerose — acúmulo de placas de colesterol nas paredes das artérias que causa a obstrução do fluxo sanguíneo — é uma das medidas mais importantes para evitar ocorrências graves como o infarto e o acidente vascular cerebral (AVC).
“Os métodos diagnósticos envolvem exames clínicos e outros como a ecocardiografia, o doppler vascular, a cintilografia e a angiotomografia. O cardiologista vai recomendar o exame mais adequado para cada caso”, afirma Stauffer. Já os tratamentos podem ser através de medicamentos, por cateter (angioplastia) ou por cirurgia.

 

HEMODINÂMICA – A maioria dos problemas cardiovasculares é diagnosticada e tratada no setor de hemodinâmica, onde é possível realizar exames que mostram os vasos sanguíneos e proceder o tratamento das lesões por meio de técnicas como a angioplastia com cateter e a colocação de próteses, conhecidas como stents.

 

Neste setor, o Hospital Santa Lúcia conta com um dos mais avançados equipamentos da atualidade, a máquina GE Innova Biplane. Única no Brasil, ela permite a obtenção simultânea de imagens em altíssima resolução do ponto a ser estudado pela equipe médica a partir de vários ângulos, o que aumenta a precisão do diagnóstico e possibilita a escolha dos melhores tratamentos.