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19 de December de 2019

Férias, verão e os cuidados com a saúde das crianças

As férias escolares já começaram e o verão está chegando. Isso significa muita diversão para as crianças, mas algumas preocupações para os pais e responsáveis, que precisam dedicar atenção especial aos cuidados com os pequenos.

Para falar sobre as doenças mais comuns em crianças neste período, como evitá-las e como tratá-las, convidamos o pediatra e gastropediatra do Hospital Santa Lúcia, Dr. Henrique Gomes. Leia a entrevista a seguir e compartilhe conhecimento.

1 – Quais as três doenças mais comuns em crianças no verão? Por quê?

Nasofaringite, amigdalite e a dengue. O Brasil é um país de clima tropical e, por este motivo, boa parte dele passa por um período chuvoso nesta época do ano. O aumento do calor e da umidade formam um ambiente propício para vírus e bactérias, além, é claro, da proliferação do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue.

2 – O que elas têm em comum?

A nasofaringite e a amigdalite têm em comum o agente causal, que são os vírus, mas a amigdalite também pode ter origem bacteriana. Já a dengue está associada, além da febre alta e da perda do apetite, ao surgimento de manchas e dor no corpo, náuseas e vômitos.

3 – Quais as suas principais causas?

Os principais responsáveis pelas nasofaringites são os vírus. Atualmente, existem no meio ambiente mais de 200 tipos capazes de causar uma nasofaringite. Já a amigdalite tem como agente causal vírus como o Epstein-Barr e bactérias como os Streptococcus, entre outros. Ambos podem ser transmitidos entre pessoas. No caso do vírus da dengue, a transmissão depende da ocorrência da picada do mosquito vetor contaminado.

4 – Como podemos agir para evitá-las? Que cuidados tomar?

No caso da nasofaringite e da amigdalite, é necessário lavar bem os alimentos e evitar água contaminada, além de estar em dia com a higiene pessoal. Crianças menores de 2 anos e aquelas com quadro de alergia respiratória (à poeira, por exemplo) estão mais expostas à ação de vírus e bactérias.

Aumentar a ingestão de líquidos e a frequência da lavagem nasal com solução fisiológica, além de uma boa alimentação no período e calendário vacinal atualizado, são atitudes essenciais para evitar a contaminação por tais doenças. Aos menores de 2 anos, é importante também evitar a permanência em locais fechados por períodos prolongados.

Com relação à dengue, a prevenção se dá por meio da vacina tetravalente, cuja eficácia na população acima de 9 anos é de aproximadamente 60%, assim como pela tomada de medidas ambientais que impeçam a proliferação do mosquito Aedes aegypti, como evitar o acúmulo de água parada, e o contato do mosquito com a pele, por meio do uso de telas protetoras nas janelas e repelentes no corpo.

5 – Quais os principais sintomas de cada uma das três doenças citadas?

A nasofaringite geralmente se inicia por febre, congestão nasal, tosse e eventualmente sintomas gastrointestinais, como vômitos e/ou diarreia. A amigdalite é caracterizada por dor ao engolir, febre, tosse seca e mal-estar. Já na dengue, os principais sintomas são febre alta com calafrios, dor muscular generalizada, manchas na pele, dor atrás dos olhos, náuseas e/ou vômitos.

6 – E os tratamentos possíveis?

No caso das nasofaringites e amigdalites virais, o tratamento é feito para aplacar os sintomas, com aumento da hidratação oral, consumo de vitamina C e repouso. Nas amigdalites bacterianas, o uso de antibiótico se torna necessário. É importante a consulta com profissional médico para saber qual melhor propedêutica utilizar. Os tratamentos contra a dengue também buscam minimizar seus sintomas e devem ser prescritos por um profissional médico.

7 – Que tipo de acompanhamento médico as crianças precisam receber nesse período, que coincide também com as férias escolares e possíveis viagens?

O acompanhamento feito pelo pediatra visa a orientar os pais sobre as medidas preventivas destas principais enfermidades e oferecer outras orientações como em relação à exposição solar, o uso de repelentes e os cuidados necessários com as viagens de carro ou avião.

8 – Como o Santa Lúcia está preparado para atender às crianças neste período?

O Hospital Santa Lúcia conta com uma equipe de médicos pediatras atualizada e capacitada desde o atendimento emergencial aos cuidados de internação e a pacientes infantis graves nas Unidades de Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal.