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14 de March de 2016

Hábitos saudáveis e adesão ao tratamento aliviam dores em pacientes com angina refratária

A angina (dor no peito) é um sintoma clássico das doenças das artérias do coração, normalmente desencadeada por situações de esforço físico ou estresse. Ela é a principal manifestação do infarto do miocárdio, condição que demanda socorro emergencial.

 

Contudo, pacientes com problemas cardiovasculares podem ser vítimas de outros tipos de angina, como a refratária. Nestes casos, a dor no peito permanece mesmo quando são realizadas todas as abordagens possíveis para o tratamento da doença coronariana.

 

“Quando as dores aparecem, pacientes com angina diagnosticada devem repousar, utilizar as medicações vasodilatadoras prescritas pelo especialista e, caso não haja um alívio imediato dos sintomas, procurar um serviço de emergência cardiológica com protocolo de dor torácica implantado”, explica o cardiologista do Hospital Santa Lúcia, Fausto Stauffer.

 

A angina é causada pela obstrução do fluxo sanguíneo para o coração, normalmente pela existência de placas ateroscleróticas – compostas especialmente por lipídios – que se formam nas paredes dos vasos do coração.

 

Essas placas podem se desenvolver por conta de fatores como idade avançada e histórico familiar da doença, mas, principalmente, por causa de outras condições como diabetes, hipertensão, obesidade, sedentarismo e dislipidemia – alterações dos níveis de lipídios no sangue.

 

“Por isso, é muito importante manter uma alimentação saudável, com produtos naturais e rica em nutrientes, praticar atividades físicas de modo regular e com acompanhamento profissional, além de controlar a pressão arterial, o peso e manter os índices de colesterol e açúcar no sangue em níveis considerados normais”, alerta Stauffer.

 

DIAGNÓSTICO – Para diagnosticar a angina é necessário fazer exames como teste ergométrico, cintilografia miocárdica, angiotomografia das coronárias e cateterismo cardíaco. A escolha do exame depende dos sintomas e características de cada paciente, como idade e situação de saúde.

 

Quando confirmada a condição, o paciente deve ser acompanhado permanentemente pelo especialista que, em alguns casos, recomenda consultas mensais e utiliza os exames para verificar o funcionamento da área do corpo que sofre com a falta de suprimento sanguíneo causada pelas placas ateroscleróticas.

 

TRATAMENTO – O tratamento da angina é medicamentoso e feito por meio da técnica de angioplastia, que utiliza o implante de stents – tubos minúsculos, expansíveis e em forma de malha – para desobstruir os vasos sanguíneos e inserir medicamentos no organismo, ou ainda por meio de cirurgia.

 

“A depender do caso, podemos utilizar medicações para dor crônica até para a denervação (neutralização de nervos) do coração. Para esses tratamentos, além do cardiologista é preciso o acompanhamento de um neurologista e um neurocirurgião”, informa Fausto Stauffer.

 

Para identificar com precisão a origem da dor torácica em cada paciente e assegurar a escolha do melhor tratamento, o Hospital Santa Lúcia utiliza um protocolo específico que permite, entre outras coisas, saber a localização exata da dor, as características da crise e a situação geral de saúde do paciente etc.

 

No Hospital, pacientes com doenças cardiovasculares têm à sua disposição um serviço de cardiologia completamente integrado com aplicação do protocolo de dor torácica, emergência, UTI cardiovascular, hemodinâmica, centro cirúrgico equipado para cirurgias de alta complexidade e diagnóstico por imagem.