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04 de May de 2017

Ingestão de cálcio previne osteoporose e diminui risco de fraturas ósseas

A ingestão adequada de cálcio durante toda a vida é um dos fatores mais importantes para prevenir a osteoporose — doença caracterizada pela diminuição da densidade mineral óssea e por alterações na arquitetura e na resistência dos ossos, que aumentam sua fragilidade e o risco de fraturas.

 

Durante a juventude, o corpo usa o cálcio para produzir o esqueleto, e os ossos são o seu principal reservatório. São eles que fornecem o mineral para outras funções do corpo, como a circulação sanguínea e o funcionamento do coração. Se ele não está presente na alimentação de modo suficiente ou não está sendo absorvido corretamente pelo organismo, o indivíduo pode desenvolver osteoporose.

 

“Além desses fatores, pessoas com mais de 65 anos, baixo peso, doenças endócrinas, história prévia de fratura óssea ou imobilização prolongada e mulheres com menopausa precoce também apresentam mais risco para a doença”, explica o ortopedista do Hospital Santa Lúcia, Leônidas Bomfim, especialista em cirurgia do ombro e cotovelo.
Pessoas com histórico familiar de osteoporose, assim como aquelas de pele branca, do sexo feminino, que consomem café e bebidas alcoólicas em excesso ou que fumam e consomem drogas, também estão mais propensas à doença.

 

“Para preveni-la, é preciso adotar um estilo de vida saudável, sem vícios, com a ingestão de pelo menos 1.200 miligramas de cálcio por dia após os 50 anos de idade, além da prática de exercícios físicos”, recomenta o médico. Além do leite e seus derivados, como queijos e iogurtes, o cálcio pode ser encontrado em alimentos diversos, como espinafre, sementes de gergelim, grão de bico, brócolis e sardinha.

 

SINTOMAS E DIAGNÓSTICO – Nos estágios iniciais da osteoporose, a perda de massa óssea é totalmente assintomática. Com a evolução da doença e o surgimento de alterações clínicas no paciente, pode-se observar a diminuição da sua estatura e aumento da cifose dorsal, com deformidades causadas pela compressão dos ossos ou microfratura das vértebras.

 

“Alguns pacientes podem sofrer fraturas como consequência de quedas ou acidentes que, em ossos já fragilizados, podem trazer consequências mais graves do que em pacientes sem a doença” alerta o especialista.

 

Para o diagnóstico correto da osteoporose, é necessário conhecer o histórico de saúde do paciente e realizar um bom exame clínico, em que são avaliados dados sobre a sua história familiar, perda de altura, baixa ingestão de cálcio na infância, sedentarismo, menopausa precoce, uso de determinadas medicações e existência de doenças associadas.

 

“Após essa abordagem, utilizamos exames complementares — como a densitometria óssea, raios X, tomografia computadorizada e marcadores biológicos do metabolismo ósseo — que poderão determinar a massa óssea e as possíveis causas de sua diminuição”, detalha o ortopedista.

 

TRATAMENTOS – Quando confirmada, a osteoporose pode ser tratada com o uso de medicamentos específicos para aumentar a absorção do cálcio e sua deposição nos ossos, além da suplementação de cálcio e vitamina D, indispensável nesse processo.

 

“Na osteoporose instalada, é importante a adoção de medidas simples para evitar quedas, como retirar tapetes e dispor os móveis da casa de forma adequada, além de evitar o uso indiscriminado de tranquilizantes. A introdução de exercícios físicos e a exposição ao sol como terapia adjuvante também são de extrema relevância”, reforça o médico.

 

“No Hospital Santa Lúcia, o paciente por realizar todos exames necessários para o diagnóstico e acompanhamento da doença, além de contar com um corpo clínico extremamente capacitado”, finaliza.