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06 de April de 2017

O uso de protetores solares realmente diminui o risco de câncer de pele?

Você costuma usar protetor solar para prevenir o câncer de pele? Ele é realmente eficaz? Vez ou outra, a polêmica sobre o tema ressurge e gera muitas dúvidas sobre a real eficácia do produto contra a doença, especialmente quando o tumor é do tipo melanoma, o mais agressivo dos cânceres de pele e o que apresenta maior índice de mortalidade.

 

Segundo a médica oncologista e chefe do Serviço de Oncologia do Hospital Santa Lúcia, Patrícia Schorn, apesar das especulações, as melhores maneiras de prevenir o melanoma continuam sendo evitar a exposição excessiva aos raios solares e o uso de roupas ou filtros de proteção solar, que geram uma camada protetora da pele contra os raios ultravioleta.

 

De acordo com a especialista, apesar do surgimento de teorias que questionam a eficácia do uso de protetores, eles ainda são a melhor opção para prevenir o câncer de pele. Além disso, pessoas que não se expõem ao sol apresentam menos riscos de desenvolvê-lo.

 

“É preciso encontrar o equilíbrio. A exposição adequada à luz solar, feita por períodos curtos antes das 10h e após as 16h, é benéfica”, pondera. “Essa exposição correta estimula a produção de vitamina D no organismo, necessária à manutenção do tecido ósseo e ao fortalecimento dos sistemas imunológico e neurológico”, acrescenta. A falta de vitamina D pode, inclusive, favorecer o desenvolvimento de diversos tipos de câncer.

 

O MELANOMA – O melanoma se origina das células que dão cor à pele, os melanócitos. A doença é agressiva e possui grande capacidade de disseminação sistêmica pelo organismo, o que a torna perigosa se não for diagnosticada precocemente e tratada de modo adequado.

 

Segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), são esperados para este ano no Brasil cerca de 5.670 novos casos da doença e 1.547 mortes provocadas pelo tumor, o que corresponde a 27,2% do total indivíduos. “Este é o câncer de pele com maior taxa de mortalidade”, revela Patrícia Schorn.

 

FATORES DE RISCO – Além das pessoas que se expõem de modo excessivo aos raios solares, indivíduos de pele branca, olhos azuis, cabelos claros e com histórico pessoal ou familiar de câncer estão mais propensos a desenvolver o melanoma.

 

SINTOMAS E DIAGNÓSTICO – O tumor pode surgir a partir da pele normal ou de uma lesão pigmentada. A manifestação da doença no primeiro caso se dá após o aparecimento de uma lesão escura de bordas irregulares acompanhada de coceira e descamação.

 

Já em casos de lesão pigmentada preexistente, ocorre aumento no tamanho e alteração na coloração e na forma da lesão, que passa a apresentar bordas irregulares. Também é possível a ocorrência de sangramentos ou pruridos na pele.

 

“Ao identificar algum dos sintomas na pele, o indivíduo deve procurar o quanto antes um dermatologista para avaliar o caso e fazer o diagnóstico precoce. Se confirmada a doença em estágios iniciais, o tratamento pode ser realizado com cirurgia e boas chances de cura”, reforça a oncologista.