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14 de September de 2017

Tabagismo, hipertensão e alterações nas taxas de colesterol podem provocar aneurisma da aorta

Manter uma alimentação saudável, praticar atividades físicas regularmente e evitar hábitos prejudiciais como o tabagismo são ingredientes receitados por todos os médicos para quem quer viver mais e melhor. Esses hábitos de vida evitam o aparecimento de condições como a hipertensão arterial sistêmica e alterações nas taxas de colesterol, que podem provocar doenças graves como os aneurismas na maior artéria do corpo humano, a aorta.

Semelhantes a “bolhas em uma mangueira”, os aneurismas são dilatações que atingem uma ou mais porções da aorta. Se não forem tratados precocemente, eles podem sangrar e provocar hemorragia interna no tórax ou abdome. Nestes casos, a taxa de mortalidade é altíssima e chega a aproximadamente 90% dos casos.

Para tratar a doença, a técnica mais utilizada atualmente é a cirurgia endovascular. Semelhante a um cateterismo, ela é minimamente invasiva, já que é realizada com acesso pela virilha do paciente, sem a necessidade de abertura do tórax ou abdome.

“Habitualmente, também não há transfusão sanguínea ou necessidade de anestesia geral. Hoje temos realizado o procedimento de forma totalmente percutânea, sem cortes grandes, apenas com furinhos, através de anestesia local na virilha e sedação. Isso faz com que o tempo médio de internação seja de apenas um ou dois dias”, explica o cirurgião endovascular do Hospital Santa Lúcia Sul, Gustavo Paludetto.

Equipe qualificada e tecnologia de ponta

Todo o planejamento de ações para o tratamento dos aneurismas da aorta necessita de equipes de especialistas muito bem preparadas, infraestrutura moderna e máquinas de última geração, como a Innova GE Healthcare e a GE Innova Biplane, recentemente adquiridas para os hospitais Santa Lúcia Norte e Santa Lúcia Sul, respectivamente.

Com o uso de doses mínimas de contraste e radiação, os novos equipamentos de hemodinâmica têm capacidade de reconstruir a aorta em 3D para que os médicos naveguem cateteres com precisão pelo corpo do paciente e possam implantar os stents, pequenos tubos colocados no interior de uma artéria para tratar obstruções e aneurismas.

“Iniciamos o trabalho com exames de imagem, como a tomografia ou ressonância específica para vasos e, a partir daí, o tratamento é planejado. Além do cirurgião endovascular especialista, contamos com uma equipe de anestesiologistas, cirurgiões cardiovasculares e cardiologistas, uma UTI especializada em doenças cardiovasculares e equipamentos que ajudam a diminuir os riscos do procedimento e aumentam o sucesso terapêutico”, avalia Dr. Gustavo.

No Santa Lúcia Norte, a máquina está integrada ao Centro Cirúrgico, o que permite seu uso ágil e imediato em procedimentos emergenciais.

Fique alerta

Além do hábito de fumar e do descontrole da hipertensão arterial sistêmica e taxas de colesterol, pessoas com histórico familiar de aneurismas tem mais chance de desenvolver a doença, que atinge de 6 a 12 pessoas a cada 100 mil habitantes ao ano.

Em geral, os aneurismas começam a surgir próximo aos 50 anos de idade, atingem sua maior incidência entre 65-70 anos. Nas mulheres, eles começam a aparecer em idade mais avançada, acima dos 60 anos.

O diagnóstico pode ser iniciado pelo cardiologista clínico, que encaminha o paciente para o cirurgião endovascular. Nesta consulta são solicitados os exames de angiotomografia ou angiorressonância específicos para aneurismas, além do rastreamento de outras doenças vasculares associadas.