Voltar
Compartilhe:
23 de August de 2019

Terapias alternativas ajudam a minimizar o estresse e doenças a ele associadas

Considerado a epidemia da vida moderna, o estresse afeta pessoas de todas as idades e estilos de vida. Para minimizar sua intensidade e os prejuízos físicos e mentais que ele provoca, a prática de terapias alternativas é uma das possibilidades buscadas por aqueles que desejam eliminar seus sintomas de forma mais natural e definitiva.

Desde 2012, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece e estimula, de forma racional, segura e eficaz, a utilização de terapias alternativas – também nomeadas como complementares e/ou integrativas – para auxiliar na melhora da qualidade de vida e, até mesmo, o tratamento do próprio estresse e de doenças a ele relacionadas.

“O estresse é uma resposta física do organismo a um estímulo. Quando estressado, o corpo pensa que está sob ataque e se prepara para ‘lutar ou fugir’, liberando uma mistura complexa de hormônios e substâncias químicas como adrenalina, cortisol e norepinefrina para preparar o corpo para a ação física. Ele não é necessariamente ruim, porque nos faz reagir e enfrentar desafios”, explica a psicóloga do Hospital Santa Lúcia, Marcelle Maia.

O problema surge quando o corpo entra em estado de estresse em situações inadequadas por tempo prolongado. “O estresse influencia o sistema imunológico, nervoso e, principalmente, o cardiovascular. O coração não está preparado para receber altas quantidades de hormônios, como acontece nas situações de estresse. Quando isso ocorre, o organismo reconhece esse efeito como uma intoxicação, o que pode provocar infarto, por exemplo”, revela.

No início da década de 1980, a OMS afirmou que a “saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental, espiritual e social, e não apenas a ausência de doença”. E é aí que as terapias alternativas desempenham um papel importante. Apesar de não substituírem outras terapias, como as medicamentosas, elas auxiliam no alívio da tensão, estimulam a circulação sanguínea e oxigenação cerebral, têm efeito relaxante e distensionam a musculatura, entre outros benefícios.

Outros hábitos também são necessários: fazer atividade física, vivenciar momentos de lazer, diversão e prazer, construir relacionamentos saudáveis, afastar-se quando estiver com raiva, descansar a mente e dormir de 7 a 8 horas por dia. “Se continuar cansado e desgastado, procure a ajuda de um psicólogo”, recomenda Marcelle.

COMO O ESTRESSE AFETA O ORGANISMO – Cortisol elevado contribui para aumentar os níveis de açúcar e da pressão sanguínea e, consequentemente, levam ao aparecimento de doenças físicas e emocionais. Os principais sintomas físicos são dor de cabeça constante, enxaqueca, dores musculares, alterações no sistema gastrointestinal, diarreia, constipação, náusea, tontura, arritmia, dor no peito, baixa na imunidade e perda da libido.

Já os sintomas emocionais incluem alterações no humor, irritabilidade, impaciência, dificuldade para relaxar, sensação de sobrecarga, desgaste emocional, sentimento de solidão, isolamento social, infelicidade, choro fácil e depressão. Há ainda os sintomas cognitivos, como problemas de memória, dificuldade de concentração e na atenção e pensamento acelerado.

PSICOLOGIA NO SANTA LÚCIA – O serviço de Psicologia do Santa Lúcia está preparado para atuar junto aos pacientes com técnicas de relaxamento e mentalização que auxiliam a reduzir a ansiedade, a dor e o estresse relacionados ao adoecimento, procedimentos cirúrgicos, dificuldades de sono e outros aspectos da hospitalização. A Psicologia ainda utiliza a música como medida de humanização para o bem-estar do paciente internado.