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23 de March de 2017

Tomografia de alta resolução detecta presença de cálcio nas artérias

A presença de quantidades mínimas de cálcio nas artérias coronárias indica o desenvolvimento da aterosclerose, formação de placas de gordura nos vasos sanguíneos que facilita o desenvolvimento de doenças cardiovasculares como o infarto agudo do miocárdio e o acidente vascular cerebral (AVC), segundo um estudo divulgado recentemente na revista científica JAMA Cardiology.

 

Para prevenir essas doenças, no Hospital Santa Lúcia o paciente pode medir em apenas alguns segundos o seu escore de cálcio, realizando a Tomografia Multislice de ultrarrápida e de alta resolução sem uso de contraste. Indolor e executado com rapidez, o exame detecta com precisão os níveis de cálcio nas artérias, permitindo que medidas sejam tomadas para evitar que a calcificação enrijeça as paredes das artérias e provoque seu entupimento ou ruptura.

 

“O exame serve para avaliar o risco cardíaco do paciente e pode ser complementado com a angiotomografia, que refina e orienta precisamente o risco cardiovascular em pacientes assintomáticos, garantindo eficiência na intervenção de medidas preventivas que reduzem a chance de complicações cardiovasculares, explica o médico radiologista do Hospital Santa Lúcia, Ricardo Loureiro, especialista em exames de imagem.

 

Até o momento, os cientistas acreditavam não havia riscos para a saúde se o escore de cálcio — medida usada para avaliar a quantidade desse mineral nas artérias — fosse menor que 300. Contudo, o novo estudo revela que mesmo índices antes considerados baixos, como 100 de escore de cálcio, já trazem risco para o indivíduo.

 

Por isso, pessoas por volta dos 40 anos de idade já podem se beneficiar do exame que mede a quantidade da substância no corpo.

 

“A depender do nível de cálcio coronariano, o paciente pode receber medicações preventivas. Mudar o estilo de vida para incluir a prática de atividades físicas e uma reeducação alimentar também podem ser recomendações importantes, que lhe salve a vida”, revela o especialista Ricardo Loureiro.

 

Isto porque, além do histórico familiar de doenças cardiovasculares e da idade avançada, os principais fatores de risco modificáveis para a presença excessiva de cálcio nas artérias são os mesmos das doenças cardiovasculares: tabagismo, sedentarismo, hipertensão arterial, diabetes e dislipidemia (presença excessiva de gordura no sangue).