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04 de October de 2016

Tumores no colo do útero são a 4ª causa morte de mulheres por câncer no Brasil

O câncer do colo do útero, também chamado de cervical, é o terceiro tumor mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama e do colorretal, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Entretanto, quando descoberto precocemente, na fase chamada pré-clínica, as chances de cura são de praticamente 100%.

 

Por isso, é fundamental realizar consultas periódicas ao ginecologista e fazer anualmente o exame citológico do colo uterino, conhecido como papanicolau. Indolor, simples e rápido, ele é a principal ferramenta para detectar possíveis lesões e fazer o diagnóstico da doença, causada, principalmente, pela infecção por papilomavírus humano (HPV).

 

Na maior parte das vezes, a infecção pelo HPV não provoca a doença. Entretanto, quando ocorrem alterações celulares, é possível o aparecimento de tumores. “A infecção pelo vírus HPV é o fator mais importante para o desenvolvimento de 90% dos casos de câncer de colo uterino”, afirma a oncologista do Hospital Santa Lúcia, Patrícia Schorn.

 

Dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) apontam que, este ano, 16.340 novos casos da doença deverão ser diagnosticados no país e 5.430 mulheres deverão ir a óbito.

 

DIAGNÓSTICO – Ao proceder o exame Papanicolau, o ginecologista pode identificar lesões suspeitas. Na consulta de rotina, deve-se realizar também a colposcopia, exame que identifica lesões visíveis no colo uterino, permitindo a biópsia direcionada da lesão suspeita.

 

Após a confirmação diagnóstica, exames de imagem são feitos para avaliar a extensão da doença. No Hospital Santa Lúcia, as pacientes podem realizar todos eles, inclusive os mais importantes nesta fase: tomografia, ressonância e PET-CT.

 

FATORES DE RISCO – Como a infecção pelo HPV acontece por meio de contato sexual, as mulheres mais suscetíveis ao câncer de colo do útero são as que iniciam suas atividades sexuais mais precocemente e as que têm múltiplos parceiros. O tabagismo também pode contribuir para o surgimento da doença.

 

SINTOMAS – Em seu estágio inicial, o câncer do colo do útero não provoca sintomas. Por isso, fazer o acompanhamento preventivo é tão importante. Em estágios avançados, as queixas mais frequentes são dores durante o ato sexual, sangramento vaginal pós-relação sexual e corrimento com sangue e forte odor.

 

TRATAMENTOS – O tratamento para o câncer de colo do útero deve ser avaliado para cada caso e orientado por um especialista. Ele vai depender de fatores como o estadiamento da doença e o tamanho do tumor, e de questões mais pessoais, como idade e o desejo de engravidar.

 

Entre as possibilidades estão a quimioterapia, a radioterapia e intervenções cirúrgicas. “No departamento de oncologia ginecológica do Hospital Santa Lúcia, onde trabalham ginecologistas especializados em câncer ginecológico, oncologista clínicos e radioterapeutas, as pacientes têm os melhores profissionais à sua disposição”, destaca Patrícia Schorn.

 

Os consultórios são multi e interdisciplinares, e todo o tratamento para o câncer do colo do útero pode ser feito na unidade.