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19 de November de 2019

Uma doação de sangue pode ajudar a salvar até três vidas

Você sabia que, ao fazer uma doação de sangue, pode ajudar a salvar as vidas de até três pessoas diferentes? Segundo Ana Neri, médica hematologista e hemoterapeuta da Hemoclínica, o banco de sangue do Hospital Santa Lúcia, isso é possível porque, após coletado, o sangue é fracionado em concentrados de três tipos: hemácias, plaquetas e plasma fresco congelado.

“Além de ser um gesto de amor, a doação não traz nenhum prejuízo à saúde de quem doa. O potencial doador passa pela entrevista e exames de triagem clínica justamente para saber se está em boas condições para doar sangue e garantir que não seja prejudicado”, explica a especialista, ao ressaltar que o sangue coletado é rapidamente reposto pelo organismo.

Também, para garantir a saúde do doador, a frequência máxima admitida é de quatro doações anuais para o homem e de três para a mulher, exceto em circunstâncias especiais que devem ser avaliadas e aprovadas pelo responsável técnico do serviço de hemoterapia. O intervalo mínimo entre doações deve ser de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres.

PARA ONDE VAI O SANGUE? A cada doação são coletados, em média, 450ml de sangue, que podem ser doados em nome de algum paciente específico ou até para si mesmo. No primeiro caso, não há garantia de que o sangue doado irá necessariamente para a pessoa escolhida pelo doador. Ele serve, sobretudo, para manter o estoque do que foi utilizado com aquele paciente.

“No caso de parentes de primeiro grau, por exemplo, não é desejável que se use o sangue, e sim que vá para outra pessoa, dado o risco de reação transfusional potencialmente fatal”, detalha Ana Neri.

Já na segunda situação, quando a pessoa doa para si mesma, o sangue é utilizado em procedimentos cirúrgicos eletivos (programados). A doação autóloga, como é chamada, é muito útil, sobretudo, em caso de pacientes portadores de tipos sanguíneos incomuns na população em geral.

O SANGUE CORINGA – O sangue do tipo O- (grupo O negativo) é o único que pode ser usado para transfusão de pacientes de todos os outros grupos sanguíneos. Por conta disso, em geral cada banco de sangue precisa ter seu estoque estratégico de hemácias O-.

“Essa reserva é essencial para transfusões de emergência, em que o atraso no procedimento (até mesmo para identificar o tipo sanguíneo do receptor) pode custar a vida do paciente”, explica a médica hematologista.

Todo sangue doado é examinado e passa por diversos testes antes de ser liberado para a doação como exames para pesquisa de hepatites B e C, HIV, HTLV, doença de Chagas, sífilis, tipagem sanguínea mínima para os grupos ABO e RhD, e eletroforese de hemoglobinas.

COMO DOAR? A Hemoclínica do Hospital Santa Lúcia dispõe de uma agência transfusional dentro do hospital. Para doar sangue para pacientes internados no Lúcia, o doador deve procurar a sede da Hemoclínica, que fica ao lado do Hospital Santa Lúcia Sul.

Quem desejar mais informações sobre como tornar-se doador regular pode consegui-las facilmente pelos telefones da Hemoclínica do Santa Lúcia: (61) 3245.6929 ou 3346.9788.

Já quem busca o Hemocentro faz sua doação para pacientes da rede pública de saúde do Distrito Federal. Em situações especiais, o Hemocentro pode usar bolsas da Hemoclínica e vice-e-versa.

Pela legislação brasileira, o doador já é considerado de repetição quando doa pelo menos duas vezes num intervalo de 12 meses. Quando o indivíduo torna-se doador de repetição, já é avaliado pela equipe de captação para se tornar um possível doador regular.

VEJA AQUI QUEM PODE DOAR