UTI Cardiológica assegura atendimento qualificado a pacientes cardiovasculares
As síndromes isquêmicas agudas, como o infarto agudo do miocárdio e a angina instável, são as doenças que mais levam pacientes à Unidade de Terapia Intensiva Cardiológica do Hospital Santa Lúcia. Segundo o coordenador de Cardiologia do Hospital, Lázaro Miranda, elas ficam à frente de outras importantes doenças, como o acidente vascular cerebral, a insuficiência e arritmias cardíacas e o edema agudo de pulmão.
Em 2016, cerca de 350 mil brasileiros foram vítimas fatais de doenças cardiovasculares, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. “Elas são a principal causa de morte em todo o mundo e representam cerca de um terço de todos os óbitos. Por isso, contar com um moderno centro de tratamento como o instalado no Santa Lúcia é um enorme diferencial para salvar vidas”, explica o médico.
Localizada no bloco C, a UTI Cardiológica (UTI C1) está equipada com 12 leitos, instalados em boxes individuais que trazem mais conforto e segurança aos pacientes, monitorados permanentemente no próprio box e também pela central no Posto de Enfermagem.
Além disso, toda a equipe médica é extremamente qualificada e todos os cardiologistas do Heart Team detêm também o título de especialistas em Medicina Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira.
“A seleção inicial exige o título de especialista de todos os nossos profissionais. A partir daí o programa de educação médica continuada é permanente, com discussão de casos, cursos de atualização, congressos, simpósios etc.”, detalha Lázaro Miranda. “Ademais, o médico intensivista não plantonista faz cumprir os protocolos e rotinas e promove a necessária integração com os médicos assistentes (especialistas), sob os quais recai a responsabilidade pelo paciente desde a sua internação até a alta”, acrescenta.
A UTI Cardiológica do Santa Lúcia também dispõe da mais atualizada tecnologia para monitorização dinâmica do eletrocardiograma no segmento ST — um importante marcador para identificar isquemia miocárdica —, assim como das pressões arteriais invasivas. “O equipamento Vigileo, empregado para obter em tempo real toda a situação hemodinâmica do paciente, também é um importante diferencial”, ressalta.
O PERCURSO DO PACIENTE – Ao chegar ao pronto-socorro, o paciente é avaliado rapidamente pela triagem (acesso) e, se apresentar dor torácica, é encaminhado para a realização de eletrocardiograma e avaliação com o médico cardiologista em até 10 minutos. Ele solicitará a análise de enzimas miocárdicas. A depender da análise inicial, o paciente é alocado em rotas de atendimento descritas no Protocolo de Dor Torácica.
“Em alguns casos, ele pode ser encaminhado imediatamente ao serviço de Hemodinâmica para realização de coronariografia diagnóstica. Se necessário, será realizada a angioplastia coronariana: procedimento médico para a desobstrução de uma artéria do coração a partir do uso de um cateter com um pequeno balão na ponta e implante de um minúsculo dispositivo metálico em formato de tela (stent) revestido com medicamentos”, explica Lázaro Miranda.
Em outros casos, o paciente pode ser submetido a exames de sangue seriados para descartar a hipótese de infarto. “Caso a dor torácica seja de origem cardíaca, ele é encaminhado para UTI Cardiológica, onde fica monitorado e realiza mais exames complementares”.
ATENDIMENTO INTEGRADO – O paciente pode ser encaminhado para o Serviço de Hemodinâmica em qualquer fase da doença cardiovascular, desde que obedeça a critérios clínicos. No Serviço, estuda-se a circulação do sangue e realiza-se diagnósticos e procedimentos terapêuticos com a técnica do cateterismo, que traz riscos insignificantes diante do benefício para a vida do paciente.
A recomendação de cirurgia pode vir associada ao atendimento hemodinâmico. No caso de uma doença coronariana como a aterosclerose, condição em que ocorre o acúmulo de placas de gordura, colesterol e outras substâncias nas paredes das artérias, os exames e a avaliação médica definem como o paciente obterá o melhor resultado em seu tratamento, utilizando as combinações possíveis de medicamentos, intervenção hemodinâmica e/ou cirurgia, a depender de cada caso.
PREVENÇÃO – Lázaro Miranda reforça que a manutenção de um estilo de vida saudável é recomendada em 100% dos casos. “Realizar atividade física regular pelo menos 3 a 4 vezes por semana; alimentar-se predominantemente de carnes magras, verduras, legumes e cereais, evitando gorduras visíveis e frituras; controlar o estresse e fazer ao menos um check-up cardiológico por ano são atitudes fundamentais”, finaliza.