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25 de August de 2013

UTIs com médicos intensivistas titulados são mais qualificadas

De acordo com a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), cerca de 53% das UTIs no país não possuem médico intensivista titulado. Vários estudos demonstram, no entanto, a influência positiva que o profissional especializado exerce sob os cuidados de pacientes críticos, impactando diretamente no menor tempo de internação, utilização de menos recursos, menor taxa de complicações e redução de mortalidade.

 

O médico intensivista é um profissional capacitado e habilitado para o atendimento de pacientes com alto índice de gravidade, que necessitam de vigilância intensiva e monitoração contínua durante 24horas. Dispõe de amplo conhecimento clínico e cirúrgico e é responsável por auxiliar o médico assistente na investigação diagnóstica,controlar as alterações agudas de estado clínico (principalmente em casos de intercorrências ameaçadoras à vida)e pela realização de procedimentos emergenciais.

 

Em fevereiro deste ano, a Anvisa regulamentou a presença de médicos especialistas nas unidades de terapia intensiva do Brasil (RDC 7). Segundo o coordenador do Serviço de Terapia Intensiva do Hospital Santa Lúcia, Dr. Sidney Sotero, a obtenção do título concedido pela AMIB requer um alto nível de capacitação. “Para o desempenho da atividade, o médico é submetido a treinamento e prova específicos de conhecimentos teóricos e habilidades práticas, indubitavelmente complexas e que envolvem capacidade de liderança da equipe multidisciplinar. A formação destes raros profissionais, demanda no mínimo uma década e a combinação de qualidades técnicas e pessoais para a assistência correta e humanizada de pacientes críticos”, afirma.

 

A UTI do Hospital Santa Lúcia se destaca por integrar em seu corpo clínico 20 intensivistas, compondo 91% da equipe médica, agregando ainda várias outras subespecialidades. O número é expressivo no cenário nacional e único no âmbito regional, repercutindo na qualidade da assistência e em resultados.“Não há serviço em Brasília ou no Centro-Oeste brasileiro com número equiparável de membros titulados em terapia intensiva”, destaca Dr. Sidney que possui também, as especializações em cardiologia e clínica médica.