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21 de February de 2015

Varizes podem ser sinal de insuficiência venosa crônica

Mais do que um problema estético, o aparecimento de varizes pode ser um sinal de insuficiência venosa crônica (IVC). A doença, caracterizada pelo mau funcionamento das veias dos membros inferiores como consequência do aumento da pressão intravenosa, não costuma levar o paciente a óbito, mas compromete sua qualidade de vida. “Sintomas como peso e dor nas pernas, lesões que alteram a cor e a consistência da pele, deixando-a com aspecto endurecido, ou ainda feridas abertas interferem no trabalho e na vida social do paciente. Quando tratada, a IVC pode ser estabilizada; já sem tratamento, o risco de feridas extensas e de difícil cicatrização aumenta”, explica a angiologista e cirurgiã vascular do Hospital Santa Lúcia, Mariana Gibim. Com frequência, a IVC é uma evolução ou sequela de outras doenças, como a trombose — obstrução de veias profundas causada por coágulos. Desta forma, seus fatores de risco são similares e incluem passar grandes períodos de tempo em pé ou sentado, sedentarismo, número de gestações, histórico familiar, obesidade e prisão de ventre crônica, entre outros. O tratamento precoce das varizes e medidas preventivas, como a prática de atividades físicas e a manutenção de hábitos alimentares saudáveis, são fundamentais para evitar a IVC. Não há idade específica para a primeira avaliação sobre o risco de doenças venosas crônicas, nem exames de rotina. Por isso, sempre que houver dúvida ou qualquer sintoma, o cirurgião vascular é o especialista a ser procurado. “Um bom exame clínico associado ao ecodoppler venoso, que permite a visualização e teste de funcionamento das principais veias, costuma ser suficiente. Apesar de não haver cura para a IVC, os tratamentos — que podem ser clínicos ou cirúrgicos — oferecem resultados satisfatórios”, assegura a angiologista.