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27 de April de 2017

Hipertensão arterial eleva risco cardíaco e pode provocar infarto

A hipertensão arterial aumenta o risco de desenvolvimento de diversas doenças cardiovasculares. Uma das mais importantes é, sem dúvida, o infarto agudo do miocárdio (IAM), segunda causa de óbitos no Brasil e primeira em todo o mundo, de acordo com o Ministério da Saúde (MS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), respectivamente.

 

Todos os anos, cerca de 100 mil brasileiros morrem em consequência do infarto, e a pressão alta desempenha papel relevante nessa estatística. Isto porque ela é um dos maiores fatores de risco para arterosclerose, processo inflamatório crônico das paredes das artérias — com acúmulo de colesterol, plaquetas, fibrinas, cálcio e restos celulares — que leva à formação de placas enrijecidas e reduz a elasticidade dos vasos sanguíneos.

 

“Em fases mais avançadas, a placa gordurosa ou ateroma chega a reduzir significativamente o que chamamos de luz da artéria, ou seja, a sua capacidade de ser o canal por onde o sangue irriga o músculo do coração. Em outras situações, pode haver uma ruptura ou fissura desta placa, com a consequente formação de um coágulo. Isto pode obstruir totalmente a luz do vaso, provocando o infarto”, explica o médico Luciano Moura, cardiologista intervencionista do Hospital Santa Lúcia.

 

CATETERISMO CARDÍACO – Segundo o especialista, nesse caso o tratamento começa com o imediato reconhecimento da situação, ainda no Pronto-Socorro, e a realização de um cateterismo cardíaco diagnóstico, que consiste em avançar um cateter de pequena espessura até a origem das artérias coronárias — vasos que irrigam o coração — para injetar contraste e identificar a presença de obstruções.

 

A depender da gravidade e do quadro clínico do paciente, o profissional especializado executa a desobstrução, que pode ser feita por meio do implante de um stent para restabelecer o fluxo sanguíneo rumo ao coração no momento do próprio cateterismo cardíaco. Menos rotineiramente, pode ser necessária a realização de uma cirurgia de revascularização miocárdica.

 

O procedimento é realizado com anestesia local na região do pulso ou da virilha (região inguinal). Outras medidas de suporte, como o uso de medicamentos e dispositivos de assistência circulatória também podem ser necessárias. O cateterismo cardíaco não demanda cortes ou suturas, apenas um curativo.

 

ATENDIMENTO – Em Brasília, os pacientes que sofrem infarto agudo do miocárdio podem contar com uma equipe de médicos, enfermeiros e técnicos de Enfermagem e Radiologia disponíveis 24 horas por dia na Sala Vermelha do Pronto-Socorro e no Serviço de Hemodinâmica do Hospital Santa Lúcia.

 

“Atuamos conforme os mais modernos protocolos assistenciais. A Sala de Hemodinâmica, que foi recentemente modernizada, possui um dos mais modernos equipamentos da América Latina, que nos permite agir com muita precisão e eficácia tanto no diagnóstico do paciente quanto no seu tratamento. Além disso, a Sala Vermelha do Pronto-Socorro fornece toda a estrutura para o atendimento inicial de pacientes com alto risco cardíaco”, finaliza o cardiologista.

 

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