O câncer de bexiga, ou tumor de bexiga, é o sétimo tumor mais incidente na população masculina, com cerca de 9 casos para cada 100 mil homens por ano. Em mulheres, a incidência é menor — cerca de 2,2 casos por 100 mil por ano. A taxa de mortalidade é de 3,2 e 0,9 por 100 mil pessoas por ano para homens e mulheres, respectivamente.

Quais são as principais causas e fatores de risco deste tipo de câncer?

O tabagismo é o fator de risco mais importante para a doença — aproximadamente 50% dos tumores de bexiga incidem em fumantes. Além do cigarro, produtos derivados de petróleo, de tintas e de metais são responsáveis por cerca de 10% dos casos. A genética aumenta a suscetibilidade de outros fatores de risco.

Quais são os subtipos deste câncer?

O tipo mais comum de câncer de bexiga é o carcinoma urotelial (tumor do tecido de revestimento do sistema urinário). Outros tumores podem ocorrer, como o adenocarcinoma ou carcinoma epitelial, só que de maneira mais rara.

Como é feito o seu diagnóstico?

O principal sintoma do câncer de bexiga é a presença de sangue na urina. Além disso, podem ocorrer alguns sinais urinários associados. Diante desses indícios, é essencial recorrer a alguns exames complementares, como o de urina, citologia urinária, ecografia renal e de bexiga e tomografia computadorizada de abdômen, a depender de cada caso. O diagnóstico definitivo se dá com a realização de exame de endoscopia da bexiga e confirmação por biópsia da lesão suspeita.

Quais são os principais tratamentos para a doença?

O tratamento do câncer de bexiga é realizado, inicialmente, com ressecção do tumor endoscopicamente, sem cortes, pela uretra. A partir deste tratamento, o tumor é dividido em dois segmentos, onde a conduta se diferencia. Para os tumores superficiais, em linhas gerais, a ressecção por endoscopia seguida por aplicação de drogas locais deve ser suficiente. Nesses casos, é essencial que se faça um rigoroso acompanhamento para avaliar a possibilidade de recidiva.

Nos casos de tumores profundos, que já comprometem a maior parte da parede vesical, o tratamento de eleição é a cirurgia para retirada de bexiga e confecção de mecanismos de derivação para que o paciente continue urinando. Esse procedimento pode ser precedido, ou mesmo complementado, com quimioterapia. Nos casos onde o tratamento cirúrgico não seja indicado, alternativamente procede-se com ressecção máxima por endoscopia, seguido de quimio e radioterapia.

O Hospital Santa Lúcia tem um excelente time de profissionais que realiza reuniões multidisciplinares para debater os casos, a fim de alcançar as melhores estratégias para cada paciente, buscando sempre um tratamento humanizado e individualizado. A instituição conta ainda com uma excelente equipe de Enfermagem, Nutrição, Fisioterapia, Odontologia e Psicologia para melhor atender as pacientes com câncer de bexiga.