Sarcomas são neoplasias relativamente raras e correspondem a cerca de 1% de todos os tumores. São classificados de acordo com o tipo de tecido histológico dos quais derivam e mais de 30 subtipos já foram descritos. Surgem de tecidos como músculos (rabdomiossarcoma, leiomiossarcoma), cartilagens (condrossarcomas), vasos sanguíneos (angiossarcomas) e ossos (osteossarcomas).

Quais são as principais causas e fatores de risco deste tipo de câncer?

Não existem recomendações formais de prevenção para sarcomas de partes moles. Evitar exposição a produtos tóxicos e agentes químicos são parte de um senso comum de prevenção de qualquer neoplasia.

Quais são os subtipos deste câncer?

Aproximadamente 80% dos sarcomas são provenientes de partes moles e 20% descendem de ossos. Em cerca de 50% dos casos eles inicialmente surgem nas extremidades, com destaque para os membros inferiores, local de diagnóstico de 30% das lesões. Aproximadamente 35% são intra-abdominais, 10% originam-se no tronco e 5% na cabeça e pescoço. A idade média de diagnóstico é de 65 anos.

Acredita-se que a maior parte dos sarcomas de partes moles sejam esporádicos, isto é, acontecem por mutações ao acaso. Em uma pequena parcela dos casos, podem-se identificar fatores predisponentes, como:

  1. Exposição à radiação ionizante: áreas em que o paciente recebeu radioterapia estão sob maior risco de desenvolvimento de sarcomas;
  2. Síndromes genéticas familiares: a taxa de incidência de sarcomas é maior em portadores das seguintes, e raras, síndromes genéticas: Li-Fraumeni, polipose adenomatosa familiar, neurofibromatose e mutações no gene do retinoblastoma;

Como é feito o seu diagnóstico?

Geralmente, surgem como massas volumosas e indolores. Quando ocorrem em locais visíveis, como nos membros, tronco ou cabeça e pescoço, o diagnóstico é feito pela biópsia da lesão. No caso de doença intra-abdominal, o diagnóstico se inicia, usualmente, por meio de método de imagem, como tomografia computadorizada e ressonância magnética e é concluído por meio de uma biópsia intra-abdominal, seja por método guiado por imagem ou por cirurgia.

Quais são os principais tratamentos para a doença?

O tratamento de áreas com radioterapia muitas vezes não pode ser evitado. Sendo assim, a vigilância ativa quanto ao desenvolvimento de tumorações nessas regiões torna-se fundamental no diagnóstico precoce da doença e potencialmente aumentam as chances de cura.

A cirurgia se mantém como a principal arma terapêutica no tratamento para sarcomas. Sua retirada com áreas de tecido normal ao redor (margens livres de neoplasia) é um importante preditor de melhor prognóstico e reduz as chances de disseminação da doença. A necessidade de complementação do tratamento com radioterapia ou quimioterapia é uma modalidade que pode ser empregada, e deve ser avaliada individualmente.

O Hospital Santa Lúcia tem um excelente time de profissionais que realiza reuniões multidisciplinares para debater os casos, a fim de alcançar as melhores estratégias para cada paciente, buscando sempre um tratamento humanizado e individualizado. A instituição conta ainda com uma excelente equipe de Enfermagem, Nutrição, Fisioterapia, Odontologia e Psicologia para melhor atender as pacientes com sarcoma.